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Abstract
Introdução A cesariana é um dos procedimentos mais comuns na prática obstétrica atual, e diversas infecções relacionadas a assistência à saúde estão associadas a essa intervenção, com mortalidade importante. Nesse cenário, a antibioticoprofilaxia cirúrgica emerge como uma estratégia na prevenção de infecções maternas, destacando-se por sua relevância na mitigação dos riscos relacionados às intervenções obstétricas e na promoção de uma maternidade mais segura. Além de reduzir de forma significativa o risco de complicações pós-operatórias, sua aplicação estratégica desempenha um papel fundamental na preservação da saúde tanto da mãe quanto do recém-nascido.1 2
Objetivo Aumentar para 100% a taxa de adesão ao antibiótico profilático cirúrgico administrado em até 60 min antes da incisão cirúrgica. Método: Trata-se de um relato de experiência da implantação do protocolo de antibioticoprofilaxia cirúrgica em uma maternidade municipal de médio porte, gerida por uma organização social de saúde no estado de Sergipe. A estratégia de intervenção ocorreu de junho a dezembro de 2023. Foi realizada a elaboração e validação do protocolo de antibioticoprofilaxia, estruturação do fluxo e pactuação para administração do antibiótico realizada no centro obstétrico, treinamento das equipes e monitoramento dos resultados.
Resultados O treinamento foi iniciado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) em julho de 2023, atingindo taxa de adesão ao protocolo foi de 51,7% em agosto, 89,4%, 85%, 94% e 100% respectivamente nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2023. E se manteve em 100% nos meses de janeiro e fevereiro de 2024. A taxa de infecção de sítio cirúrgico no 3° trimestre de 2023 foi de 1,8 e 1,4 no 4° trimestre deste ano. Representando redução taxa de ISC em 0,4% após implantação do protocolo.
Conclusão a parceria entre SCIH e NSP deve ser fortalecida para implantação dos processos e fortalecimento da cultura de segurança nas unidades, gerando resultados sustentáveis após implantação das melhorias.
Referências 1. de Castro Romanelli, Roberta Maia et al. Cesarean prophylaxis: wound infection and neonatal sepsis risk factors. 2016.
2. Martins, Ana Cristina Marques; Krauss-Silva, Letícia. Revisões sistemáticas de antibioticoprofilaxia em cesarianas. Cadernos de Saúde Pública, v. 22, p. 2513–2526, 2006.
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