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Abstract
Introdução Antes da intervenção, a UTI, composta por 10 leitos e referência regional, apresentava uma taxa média de IRAS de 40,9%. Para abordar esse desafio, a equipe assistencial e o Controle de Infecção (CCIH) optaram por participar da Colaborativa Saúde em Nossas Mãos do PROADI-SUS/MS, visando aprimorar os processos internos. Este trabalho tem objetivo de apresentar reduções das IRAS, aumento da adesão em higiene de mãos (HM), melhoria de processos, engajamento de equipe e impacto com o custeio.
Método Uma equipe nuclear multidisciplinar foi designada para impulsionar o projeto. Utilizando a metodologia do Modelo de Melhoria do Institute for Healthcare Improvement (IHI), foram propostos diagramas direcionadores, focados na implementação de pacotes de prevenção para serem testadas através de ciclos de PDSA (Plan-Do-Study-Act), que foram realizados à beira leito, com participação das equipes de todos os turnos. Um quadro de gestão diária para sustentar melhorias (GDSM) foi implementado como ferramenta de avaliação na adesão aos processos de trabalho, identificando e planejando oportunidades de melhoria. Essa abordagem criou um ambiente de colaboração mútua para o desenvolvimento da cultura de segurança e o engajamento da equipe.
Resultados O intuito era reduzir em 30% das três topografias das principais IRAS no período de 2021 a 2023. A linha de base (LB) inicial de 11,67 em Infecção Primária da Corrente Sanguínea associada a Cateter Venoso Central (IPCSL), reduzimos em 100%. Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica (PAV) com LB 30,66 e média atual em dez/23 na fase 2, para 10,78 com reduzimos em 64%, LB 13,83 em Infecção do Trato Urinário associada a Cateter Vesical (ITU-AC), reduzimos 100%, HM a LB 47,95 e média atual em dez/23 para 72,93, aumento de 52% adesão. O hospital participou do modelo de custeio com propósito de mensurar a economia gerada ao SUS, estimativa de Saving RS 4.196.710,00 com 92 infecções evitadas.
Conclusão Conclui-se que a metodologia aplicada não apenas reduziu as IRAS, aumentou a adesão à HM e o engajamento da equipe, mas também possui potencial para ser disseminada a outros setores, impactando na qualidade da assistência, economia financeira e, principalmente, na preservação de vidas.
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