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Introdução e Objetivo Estima-se que, no Brasil, eventos adversos girem em torno de 13% de prevalência, dos quais 43% poderiam ser evitáveis. Ao encontro deste dado, foi criado em 2016 o projeto Paciente Seguro, parceria entre o Hospital Moinhos de Vento e o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O projeto tem como finalidade implantar os Protocolos Básicos do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) em hospitais brasileiros. O objetivo deste trabalho é descrever a adesão à implantação de práticas assistenciais seguras, norteadas pelos Protocolos Básicos de Segurança do Paciente, em instituições públicas hospitalares do Brasil.
Método Os princípios norteadores do Modelo de Melhoria foram utilizados como método, por meio do uso de ferramentas como Diagrama Direcionador, PDSA e gráficos de tendência. As instituições participantes foram capacitadas para o uso desta metodologia, e acompanhadas quanto a sua incorporação nos processos assistenciais e de gestão. Durante o acompanhamento, houve coleta quinzenal de indicadores de segurança do paciente, envio de relatórios, visitas educacionais, análise de resultados assistenciais e monitoramento dos hospitais, conduzidos por uma equipe de nove enfermeiras e farmacêuticas.
Resultados A implantação dos protocolos básicos do PNSP foi avaliada em unidades piloto de 18 instituições das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, entre junho de 2021 e maio de 2022. Pode-se medir o impacto direto aos pacientes, substancialmente, pelos indicadores assistenciais, por apresentarem relação direta com a qualidade dos processos. Alcançaram-se os seguintes resultados: redução de 50% na prevalência de quedas, 11% de redução na prevalência de LPP, aumento de 33% da adesão à HM, aumento de 17% no percentual de pacientes identificados corretamente, redução de 60% no percentual de medicamentos dispensados com erros e aumento de 500% na adesão à lista de verificação de cirurgia segura.
Conclusão A melhoria nos indicadores de todos os protocolos trabalhados ecoa em melhores resultados assistenciais e promoção da segurança para os pacientes, acompanhantes e familiares. As instituições conseguiram melhorar suas práticas em relação ao PNSP, com incorporação de processos e ajustes de práticas existentes.
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